Em minha vida tudo é demasiado.
Uso os excessos para me colocar diante do vazio.
Meu bom humor quase sempre é disface para o escárnio corrosivo.
Corre em mim a sensação de eterno estranhamento.
Passeio inquietamente entre a ideologia e a burguesia.
Minhas palavras se equilibram entre a ironia e a sabedoria.
Permeio numa eterna atmosfera de elegância melancólica.
A felicidade era pra mim coisa abstrata. Nunca imaginei deixar o sofrimento à parte e hoje percebo que sempre foi mais fácil viver agarrado a ele.
Levo o rancor e carrego comigo as cicatrizes.
Desejo a felicidade, aquela tão fácil, aquela que nos promete a eternidade que jamais cumprirá.
Se é que existe isso, tenho salvação?
Foto-do-dia: "Vincada Tristeza - Paulo Madeira"
Música-do-dia: "Men in Love - Gossip"
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