Nossos holofotes trouxeram velhos aplausos.
Lembrei de quando eu disse "Vá embora!" e você ficou. Quando eu sussurrei "não dá mais pra ser..." e você sorriu. Eu, cansado de insistir por nós dois, fiz as malas para um sempre. Não vi acontecer até que acabou. Fiz as coisas do meu jeito. Fui aonde não deveria ter ido. Fiz o que não deveria ter feito. As coisas aconteceram da maneira certa até quando pareciam erradas. Cair teve a sensação de voar, sentia saudade da liberdade. Mesmo sem nos vermos conseguíamos fazer de um simples telefonema uma arena. Ao enxergar você diante dos meus olhos depois de tanto tempo vi começar um novo ensaio. Vi um casal mais sensato, vi novos horizontes, vi esquecidas promessas que ficaram na gaveta do cine-pensamento. Mais que agora, naquele momento, acharam uma fogueira para reaquecer as ideias. Me desfiz de minha capaz inteligência, do meu boms senso, da minha opinião quadrada, dos velhos olhares sem brilho, do raso. Me refiz em teus braços naquela noite. Escolhi ensaiar um velho-novo-amor. Dessa vez quero o espetáculo.
Música do dia: "On the other side - Augustana" /
Foto: "Viver Para Mais Um Ensaio... - Guilherme Santos"
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