Li há pouco um comentário de Lou Bertoni sobre a tentativa de nós, seres-humanos-desiguais-por-um-pouco-de-natureza-e-por-um-muito-de-vontade-própria, sermos iguais nesse mundo. Ela diz, mais ou menos, que sempre que ouvirmos esta história de igualdade entre as diferenças, apesar de entender a intenção dos que a proclamam e a beleza desta expressão idiomática, devemos sentir falta de espaço. Na verdade, soaria interessante se isto não significasse, muitas vezes, a imposição de valores, códigos e perpetuação da mesmice. Ter o mesmo comportamento socioeconômico diante das diferenças, além de banalizá-las como algo menor, não as iguala e sim, reproduz o que a humanidade já faz há milênios com as minorias, segregados, excluídos e novos: o extermínio de suas peculiaridades. Exercitemos a igualdade!
Música do dia: "Stormy weather - Billie Holiday"
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