quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pedalei até a solidão

Não posso entregar-me a solidão dos cidadãos de vilarejos que vivem os acontecimentos debruçados em janelas centenárias. Sozinhos nesses mesmos casarões, sabem que muitos desses mesmos corações guardam a esperança ainda e sempre acesa porque existem outros muitos espalhados pela pequena e pacata cidade. Sabendo que estarão sempre sozinhos enquanto não conseguirem abrir chances para alguém, sentem-se como em meio aos escombros de uma civilização sem alicerces. Essa gente perde-se de vista e não procura encontrar-se, salvar a própria vida. Deixam o amor simplesmente degenerar em desespero, desprezo mais que tudo. Descobrir o amor até morrer: essa gente sou eu. Perdi o meu mundo. Minha terra é o meu sanatório.
Música do dia: "Praia da solidão - Mombojó"
Foto: "Pedalei até a solidão - Daniel Pedrogam"

2 comentários:

  1. Sua preferida! (É bom que você saiba quem é porque vai ter que responder a pergunta!)26 de novembro de 2010 às 18:42

    "A arte de viver é mais parecida com a luta do que com a dança, na medida em que está pronta para enfrentar tanto o inesperado como o imprevisto e não está preparada para cair".

    Imprevisto: de previsto, antecedido de "im", indicando negação. O étimo veio do verbo latino praevidere, prever, ver antes. Imprevisto é, portanto, o que não foi ou não pôde ser previsto.


    Particularmente, prefiro a dança, não gosto do verbo lutar! Sem contar que também na dança temos que lidar com imprevistos, além de a idéia, da dança, ser bem mais atraente.


    Dança comigo?
    ;)

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  2. Só alguém que não conhece a sua grandeza é que tem o despautério e a ignorância de julgar suas fases da lua. É melhor “viver e deixar morrer”.
    Essa gente perde-se de vista e não procura encontra-se, salvar a própria vida.
    Adoramos vc!!! Um grande xero!

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