quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Solidão de astronauta

Você é meu lado e finge não perceber.
Sentir saudade mesmo quando se está aqui, juntinho, do lado é engraçado.
Engraçado não seria a palavra mais correta pra descrever. Fosse, talvez, inexorável.
Gosto dessa palavra. (Vou usá-la mais vezes)
Onde eu erro? Em que eu erro? Porque insisto no erro? És tu, coração?!
Antes tentar entender os erros, tratá-los como errados é o maior engano.
Pedir explicações para o que não tem explicação.
Absorver que o erro está na sentença pré-julgada do julgador.
Hoje já não existem mais sentenças. Existem rótulas. Existem ângulos de 360º perfeitos.
Partidas e chegadas com estações já conhecidas pelo viajante. Viagens ida-e-volta.
Cansado de ser o combustível para o fogo, apenas tento relaxar durante todo o percurso, olhar a paisagem. Ou simplesmente fechar os olhos. Mas, o que os olhos não vêem o coração ainda insiste em sentir, em buscar longe, em trazer pra si.
Pra quê pedir conselho? Pra quê pedir permissão?
Pra quê pedir chave de portas já outrora entreabertas?!
Entregar-se ao instinto primitivo. É o que falta em você.
Seriam estes meus últimos momentos divertidos?!
Quero ser astronauta.
A solidão, às vezes, até que me cai bem.
Música do dia pra dor de cotovelo: "Bom par - MopTop"

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