sábado, 1 de março de 2008

Eu sou todo obrigado...

Ele pode até causar câncer ano sim ano não dependendo da mais avançada pesquisa científica que ninguém, no raso no raso, quer mesmo saber... Mas não imaginei que apenas um toque me trouxesse tanta felicidade num fim de tarde de um sábado nublado. Éramos uma gangue, uma turma, uma união. Éramos pelotão. O tempo, suas circunstâncias e surpresas nos deram o (dis)sabor de fazer cada um de nós seguir trilhas diferentes, nunca opostas. Contatos foram sombreados, agendas foram trocadas ano a ano e os números iam mudando. Minha memória não é a mesma faz muito tempo, mas essas passagens até hoje não perderam a sua sensibilidade. Ainda hoje é alegria, é cor, é cheiro, é pôr-do-sol. É ver o sol surgir cedinho da manhã sentado nas escadinhas da praia de Boa Viagem depois da balada. É superar os limites e tentar encaixar trocentas pessoas no "Lampião" e "Maria Bonita". É, em meu aniversário, fazer da ida ao banheiro a mais arriscada trilha e achar que parede é apoio de mão. É correr pra Católica depois da aula pra pegar lugar no Fofão. É colocar ficha na Soparia e esperar que a música só desse o ar da graça lá pras 3 da matina. É ter duas personas da gangue como fiscais de prova na escola e saber que atrás daqueles óculos escuros moravam duas cidadãs que, na verdade, não tinham colírio, morriam de ressaca e de sono (por estarem na noite passada num Pega-Bêbo qualquer comigo, o aluno supostamente fiscalizado). É ir pra Brasília Teimosa e escapar das balas no Bar de Seu Gutinho. É conhecer todo e qualquer garçon dos Lava-Jatos e, ainda por cima, chamá-los aos berros de "Tchutchucos!". É pegar ônibus em frente ao Aeroporto dos Guararapes pra Porto e se hospedar em cima da Padaria pra beber Montila Abacaxi. É tocar violão numa roda na praia. É ser trapaceado no "imprensadinho" e ser obrigado a virar vários copos de cerveja. É ir pra Boato e vomitar com a ajuda profissional de um dedo amigo todas aqueles copos da trapaça misturados a licores de menta (isso nunca mais!). É ir pra Fun House subir nas mesas no bar Mexicano, abrir espaço no meio da multidão pra procurar lentes de contato no chão seboso. É ir pra Doctor Froid em plena quarta-feira no carro roubado dos Braga e sair direto pra aula. É ir pra todos os bares que têm nome de cores: Amarelinho, Azulzinho, Vermelhinho etc. É ir pro Bar do Fogão no Recife Antigo e voltar sem entender nada, tentando explicar ao taxista como é que se faz pra chegar em casa. É ter entrega expressa de birita do Cirrose pra o apartamento. É fazer a festa inteira se concentrar numa cozinha. É ir pra Maracaípe no Duende Verde da Maga Cibele e ouvir a expressão de alegria da passageira no banco de trás gritando: "Agora peeeeeeeense!". É ir pro São João de Caruaru e trocar de roupa no meio do pátio de eventos. É fazer a troca de motoristas do "Lampião" e "Maria Bonita" no meio de um sinal em plena Agamenon Magalhães e deixar os condutores sem entender p* nenhuma. É isso tudo e ainda um muito. Saudades de um pedaço rico de vida recheado de lembranças memoráveis. Isso ninguém me tira. Faz mais de longos 05 anos que não as vejo. Simone e Bel meu muito obrigado pela ligação inesperada. Meu coração as tem aqui, ó...
O pelotão: Alexandre, Candice, Simone, Bel, Fabrícia, Dani, Cibele, Lula.
Música do Pelotão: "Qualquer uma do The Smiths"

Um comentário:

  1. Não vou mentir...
    Que o que eu mais queria na minha vida era ter participado deste pelotão... mas, enquanto isso... nem sei o q eu tava fazendo... no mínimo, fazendo filha!!! hehehe!!

    Mas agradeço a Deus por ter pelo menos parte (grande parte) deste pelotão pertinho de mim, as joinhas... Alexandre e Candice Lara... é um presentaço e me contento mt com isso!!!

    Mas no reencontro... quero fazer parte... tou nessa!

    Bjoss!

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